domingo, 13 de maio de 2012

Sexo e menstruação




É realmente muito difícil achar um homem que goste de fazer sexo durante o período menstrual da mulher, muitos deles sente nojo, não gostam de olhar para o sangue,etc. Ou seja, muito casal passa todo o período menstrual sem sexo. E isso é certo? Para muitas pessoas isso é correto, afinal pensam que menstruação é algo sujo, que a mulher nesse tempo tem que se cuidar mais,tipo, minha vó dizia que antigamente a mulher menstruada não lavava o cabelo, já outra dizia que você não pode tomar suco de limão nesse período, e por ai vai. São conceitos que estão arraigados no nosso subconsciente e que se torna difícil vencê-los, mas não impossível. E eu como sou mulher e passo por isso todo mês, sei como a menstruação incomoda e até mesmo faz com que nós próprias pensemos que estamos sujas, fedendo. É nessa época que a minha auto estima fica um pouco baixa, é como se eu me sentisse indesejável. Com  esse texto, espero que muitas mulheres e homens tenham pelo menos um pouco mais de consciência do que é a menstruação, e que possamos agir mais naturalmente com relação ao sexo na menstruação.





A mulher quando está menstruada tem mais vontade de transar ou a relação sexual durante a menstruação não é recomendada? Transar menstruada faz mal a saúde? Pode transmitir doenças? Estas e outras perguntas são freqüentes no dia-a-dia do ginecologista, pois esta relação (se é que existe mesmo) entre tesão e menstruação sempre despertou muita dúvida e curiosidade - e não é de hoje. O mito da menstruação como sendo a "limpeza" do útero, a crença de que a mulher menstruada fica “suja” e que, por isso, não deve transar ainda é muito presente. Na verdade, o sangue da menstruação não é nenhuma sujeira nem tampouco significa um processo de limpeza. É um acontecimento natural na vida da mulher e indica somente que naquele mês ela não engravidou.
Transar durante a menstruação é uma questão de gosto, uma opção da mulher ou do casal e não traz nenhum problema para a saúde, exceto nos casos em que a mulher for portadora do vírus da AIDS (o HIV), pois o parceiro ao entrar em contato com o sangue contaminado pode aumentar as suas chances de contrair a doença. Existem casais que evitam as relações sexuais durante a menstruação por questões de higiene, outros são indiferentes e alguns até gostam, dizem que facilita a penetração.
Com relação ao desejo sexual, a mulher pode sentir tesão em qualquer época do mês – durante a menstruação, na ovulação ou na fase pré-menstrual – basta ser estimulada e estar receptiva para isto acontecer. Existem alguns estudiosos que defendem a teoria de que a mulher fica com mais vontade de transar durante a menstruação e esta, definitivamente, não é uma relação de causa-efeito. Estas pessoas insistem em comparar a mulher aos outros animais que têm relações sexuais quando estão no cio. Mas, no caso da espécie humana, a natureza nos brindou com um atributo único em relação às demais: a capacidade de pensar e ter prazer. De fato, algumas mulheres dizem que durante a menstruação têm mais vontade de transar, mais isto não é a regra e nem deve ser motivo de preocupação para aquelas que não têm!( Fonte: Bolsa de Mulher)


Segundo o psicoterapeuta sexual Oswaldo Rodrigues Junior, do Instituto Paulista de Sexualidade, durante a menstruação não existe nada que atrapalhe ou prejudique a mulher ou o homem durante a relação sexual. "O sangue menstrual não é 'ruim', não está contaminado, não causa infecções na mulher nem no homem", explica Rodrigues.
"O que acontece na época do ciclo menstrual é que as mulheres ficam mais sensíveis a doenças sexualmente transmissíveis. Sendo assim, normalmente os especialistas sempre orientam para que durante a transa sejam utilizados preservativos. Tudo com proteção não tem problema", enfatiza o ginecologista Fábio Laginha, do Hospital Nove de Julho.
"Como o PH da vagina passa de ácido para alcalino na menstruação e, além disso, como o tampão que protege a subida de germes para o útero é desfeito e substituído pelo sangue, é preciso mais cautela na hora das relações sexuais. Se a mulher adquirir qualquer infecção neste período, será mais grave do que em qualquer outra fase", ressalta o ginecologista Nelson Valente, do Laboratório Especializado em Ginecologia e Obstetrícia (Lego).(Fonte: Terra)


Resumindo:


Estou eu com um Lover e ele vem com o papinho:



- Sabe, não sei se vou ficar confortável pra transar com você hoje.
- Por quê? [forçando a resposta]
- Por causa da sua menstruação.
- Sei... e se eu estivesse com um corte sangrando, você ficaria desconfortável do meu lado?
- Não, mas...


Resumo da ópera: o sangue da menstruação, ao contrário do que muitos pensam, não é sujo. Não tem mais ou menos bactérias do que o sangue de qualquer outra parte do corpo. Ele vem do seu útero, um órgão interno, parte superlimpinha do corpo. Como todo sangue, lógico, ele tem cheiro de sangue. Mas é um cheiro fraco, que acaba ficando pior por causa de nossos absorventes (que vão guardando todo o sangue num pedaço de algodão por várias horas reagindo com sabe-se-lá que componentes químicos). Do mesmo jeito que suor tem cheiro de suor - e tem muita gente que até gosta de suar e ver o/a parceiro/a suar durante o sexo, pra dar um exemplo bobo. Esse "nojo" do sangue menstrual é construído socialmente, assim como um certo "nojo" da buceta em si, que faz com que muitos homens (não, homens não, GAROTOS) demorem ANOS pra fazer e gostar de fazer sexo oral em uma mulher. 
Quando estamos com tesão, com vontade de transar e o parceiro diz que não está confortável ou que não está afim por causa da sua menstruação, é como se ele estivesse te dizendo que não está afim porque você é mulher demais. Porque seu corpo é feminino demais. Porque você é suja. Porque você fede. Normalmente, também ja reparei, os homens que tem este tipo de "asco" (podem recorrer à antropologia e verão que asco e nojo são sentimentos construídos socialmente) são geralmente mais novos e mais imaturos. Não entendem ainda a necessidade de superar estas barreiras construídas socialmente para dar prazer e ter prazer em dar prazer. No momento em que dizem este "não" com este motivo acabam causando, para a parceira, um desconforto maior ainda em relação ao próprio corpo. (Depois dizem que preferem mulheres que são seguras do próprio corpo - mas oras, como é que então eles podem cooperar para isto com tal atitude?)
Bom, a primeira afirmação que reforço aqui é a de que mulheres também são parte da sociedade. Mulheres também são educadas para acharem todas estas coisas sobre seus próprios corpos. E quando percebem que os homens não gostam que seus corpos sejam exatamente como eles são (ao menstruarem, por exemplo), esse desconforto com o próprio corpo é reforçado. Este "nojo", "asco" ou "desconforto" mesmo sendo construído socialmente, não é consciente. De jeito nenhum. Por isso que nos parece tão normal, tão natural (como o nojo pela urina ou pelas fezes ou por catarro e saliva, e por aí vai). Então é comum que haja mulheres que também não se sintam confortáveis para transarem menstruadas. Mas, oras, os dois com tesão vão abandonar a transa e o prazer por uma bobagem destas? Seria uma pena. O que nos leva ao próximo e último capítulo da historinha: como quebrar este ciclo.
A barreira, ou o tabu da menstruação é só mais um entre tantos tabus sexuais que a nossa sociedade reforça durante muitos momentos de nossas vidas. Depois da superação deste tabu, pode-se descobrir que sexo durante a menstruação é normal, bom ou excelente. Depende da pessoa. Não há uma regra. Algumas mulheres gostam mais, outras menos; alguns homens gostam mais, outros menos. Mas depois de vencer o obstáculo mental, só não gostam se também não gostarem de sexo porque aí, racionalmente, igualamos positivamente e estabelecemos um "zero" pra pesar os tipos diferentes de sexo. O processo não é tão fácil assim. Às vezes um sex coach ou terapeuta sexual pode até ajudar, se você preferir. Mas na maioria das vezes o casal consegue resolver sozinho. Quer dizer, com esta mentalidade de buscar ficar confortável, deixar o outro confortável tanto com o seu corpo quanto com o próprio corpo.( Fonte: Mulher Alternativa)