segunda-feira, 4 de junho de 2012

A ARTE BURLESQUE




Estava eu assistindo tv um dia desses e eis que me deparo com uma matéria muito boa na mutishow falando sobre o Burlesco, logo de cara me apaixonei e resolvi pesquisar e saber mais sobre essa arte tão interessante, que atrai as pessoas à primeira vista. Então está ai tudo o que encontrei sobre essa arte. Pena não ter ainda na minha cidade , bem que eu gostaria de aprender.
Está no dicionário: “burlesco” é “o que incita o riso”. E essa vertente teatral começou assim, como comédia, sátira. Durante as apresentações, um ou outro número de striptease. Nada fino. Personagens bufonas, naquela que a gente conhece por “estética do grotesco”.




Mas, enfim, a coisa foi ficando mais rica. O ato de tirar a roupa ganhou mais e mais espaço em cada apresentação… E chegamos ao burlesco de hoje: um strip-chic coreografado, com muita pompa e pouca história – isso quando há alguma. Um e outro número de dublagem, umas poses de pinup e voilà! Temos um show – aos moldes do filme de Cher e Christina. Pouca roupa, mas pouca revolução. Aliás, ouso dizer, muita roupa e pouca revolução. O que é Chris cantando em um longo verde de cetim? Barbie Thanksgiving? E a choradeira no palco? Burlesco é riso. É festa e improviso.( Fonte: Memórias Fracas).
Burlesco atualmente é conhecido como uma forma de striptease, mas originalmente não continha strip algum. 






O começo: Grã-Betanha 
O burlesco em sua tem suas origens nos music halls da Grã-Bretanha do século 19, onde o termo se referia ao entretenimento teatral de uma forma cômica de se curvar. Começou em 1840, as sátiras de comédia burlesca entretinham as baixas e médias classes fazendo graça (ou “burlescando”) de óperas, peças e hábitos sociais das classes mais altas. Em 1860, mulheres nuas e com belas formas foram inseridas para manter a audiência interessada. Na idade Vitoriana, onde mulheres direitas optavam por grandes comprimentos de roupa para esconder seus físicos debaixo de babados, a idéia de moças aparecendo no palco em apertadas prendas foi uma grande emoção. 
1860: exportado à América 
A britânica Lydia Thompson foi a primeira estrela burlesca e foi fundamental na exportação do estilo à América. Em 1860 sua troupe burlesca – As British Blondes, ou “loiras britânicas – se tornou na maior atração teatral de New York. Seu primeiro hit foi Ixion, uma paródia mitológica que continha mulheres em colãs reveladores fazendo papel de homem. Mulheres nuas interpretando agressores sexuais, combinando grandes figurinos com uma comédia insolente – numa produção, imagine vocês, escrita e dirigida por uma mulher, impensável! 




O nascimento do strip-tease 
Em 1920, filme e rádio estavam caindo na popularidade burlesca. Então o strip-tease foi introduzido como uma oferta desesperada que de alguma forma, o filme e o rádio não podiam fazer. De fato, o strip-tease esteve aí desde o final do século anterior. Então, promotoras do burlesco tiraram o strip do baú e o puseram nos palcos. As stripers tinham uma fina linha entre titilação e decência, que podiam colocá-las na prisão por corromper a moral pública. Logo, as stripers foram denominadas burlescas, e sua rotina se tornou crescentemente explícita.( Fonte: Blogolhada)
No século XIX o burlesco era ainda usado para definir os conjuntos de espetáculos cômicos, onde satirizavam o modo de vida das elites sócio econômicas dos EUA e Inglaterra. O declínio do Burlesco inicia-se com a afirmação do cinema no início do século XX e com a utilização daqueles espaços para apresentação de películas cinematográficas . O seu fim acelerou mais após a II guerra com o surgimento da televisão.




O Burlesco então acabou por fazer sua migração para outros lugares de exposição pública, como rádio e televisão. Um dos programas de sucesso que nasceu das raízes do burlesco foi “The Sullivan Show”.
Hoje o Burlesco é composto por artes performativas, inter-disciplinares,incluindo striptease (de uma forma mais sensual e menos sexual), cabaret, humor negro, magia…
Cidades como Nova York Los Angeles, São Francisco são as cidades que mais contribuem para este tipo de espetáculo.
Hoje existem vários festivais burlescos como: Tease-o-Roma, New York Burlesque Festival, The great Boston Burlesque…
Atualmente uma das principais artistas burlescas  é Dita Von Teese.( Fonte: Garota do Passado).




Há muitas outras praticantes do estilo hoje em dia, mais ou menos ousadas ou cômicas, o strip tease aparece de forma sutil e de forma menos sexual. Segundo Jo Weldon, diretora do New York School of Burlesque, a dança burlesca se diferencia do strip tease em 4 fatores: contexto, estilo, intenção e o relacionamento com o público. Há muito mais que apenas tirar a roupa. Por trás de cada movimento há uma intenção roteirizada, uma motivação, e a interação com a platéia é totalmente diferente do striptease comum.
No Brasil em São Paulo, existe um curso específico nesta arte, no studio de dança Shaide Halim (Confira matéria no final do post), e mais outros workshops sendo ministrados pelo Brasil. Em Cuiabá ainda não existe nada  no estilo e nem algo que ao menos se aproxime (rsrs). O que é uma pena pois o burlesque é um estilo de dança democrático e libertador, que pode ser aproveitado por mulheres de todas as formas físicas e idades. “Se vc quer conhecer melhor seu corpo, se quer vencer barreiras como a timidez, se quer melhorar sua auto-estima, ou se quer, sim, seduzir, mas com muito glamour e com uma pitada de bom humor, vc precisa conhecer esse estilo”, dá a dica Lady Burly.




Além disso estimula criativade para outras expressões artísticas, e a segurança, coragem e atitude, que são necessários para uma boa performance burlesca é adquirido com o tempo. Nos cursos e workshops ministrados por Shaide Halim você aprende o caminho das pedras e, depois disso, usa e abusa da sua criatividade para gerar a sua própria forma de se expressar.
Para finalizar, o burlesco traduz a liberdade da mulher se mostrar como ela realmente é, com sua forma física mais magrinha ou mais rechonchuda, com sua atitude própria, com seu jeito mais debochado ou mais sensual, ou mesmo mais ingênuo (ou nem tanto rs). Pra dançar, basta ser mulher e pronto!( Fonte: Terapia no Balcão de Bar).






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